reforma agraria

1632 palavras 7 páginas
Objetivo: Evidenciar que é somente através de lutas e enfrentamentos que os camponeses têm garantido o seu espaço no estado do Paraná, destacando os assentamentos rurais como importantes conquistas. Por isso, apresentam-se as principais lutas ocorridas no campo paranaense, dando ênfase da relação com o Estado em determinados períodos de governo e denunciando a violência, seja de milícias privadas ou de forças policiais, com que as lutas camponesas são tratadas. Introdução As conquistas de assentamentos no Paraná são resultantes do enfrentamento camponês ao latifúndio e ao Estado e não de uma política de reforma agrária. Com a organização nos movimentos sociais e a realização de ocupações e acampamentos, os camponeses têm conquistado partes do território e negado a estrutura agrária baseada na concentração que garante poder às elites e segmentos dominantes do campo. Os assentamentos são partes do território conquistado pelos camponeses, que tem sido possível a partir da luta e organização nos movimentos, dos quais, o mais representativo no Estado do Paraná, é o MST. As várias lutas realizadas no Estado resultaram na criação de 310 assentamentos, onde se encontram 17.849 famílias numa área de 393.232,0287 Desenvolvimento A resistência do campesinato no Paraná está articulada a um conjunto de lutas realizadas no campo brasileiro desde um passado distante. Dentre as lutas que marcaram o início da organização camponesa no Paraná podemos citar a Guerrilha de Porecatu e a Revolta do Sudoeste. Na década de 1950, o Norte do Paraná foi palco de intensos conflitos com a formação da chamada “Guerrilha de Porecatu”, quando os camponeses-posseiros se armaram para manter as terras devolutas de Jaguapitã e Porecatu sob seu domínio e posse, pois o governo do estado havia repassado a grandes proprietários rurais. Ainda na década de 1950, o Sudoeste paranaense foi igualmente palco de intensos conflitos. As lutas surgiram quando os camponeses

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