Reflexões

O trabalho a s­er realizado tem como foco principal a situação do deficiente físico nos dias atuais. A análise do seu dia a dia e como se dá a realização de suas tarefas habituais vai levar a uma percepção maior de como ele é visto e como se vê na sociedade.
A deficiência física é um estado que ocorre em diferentes níveis sociais. Não há números que demonstrem haver mais deficientes físicos em classes mais baixas ou mais altas. Portanto é um assunto com muitas variantes, dado que aqueles com maiores recursos financeiros tem mais facilidades do que aqueles de baixa renda.
Os projetos sociais que visam ajudar essas pessoas em sua rotina têm como foco principal os deficientes físicos de baixa renda. É importante ressaltar que se tratando deles, o preconceito que sofrem é duas vezes maior e geralmente o lugar onde vivem não dá muitas possibilidades de fácil locomoção e independência. Esse último fator pode ser mais visto em deficientes que circulam por lugares apropriados às suas necessidades. E esses lugares, por sua vez, são em bairros com população de maior poder aquisitivo.
Para compreender o contexto de pessoas com limitações físicas em nossa sociedade é necessário avaliar sua trajetória histórica. Registros da História Antiga demonstram duas principais formas com as quais a sociedade lidava com pessoas que possuíam necessidades especiais. De um lado haviam aqueles que rejeitavam pessoas com deficiência, por serem tidos como inúteis - caso dos guerreiros Espartanos, e do outro o assistencialismo piedoso - como se deu em Atenas, a contraparte de Esparta na Grécia Antiga. Com o declínio do Império Romano, o Catolicismo começa a ter um espaço maior na sociedade e devido a sua doutrina ser pautada em solidariedade e amor ao próximo. Pessoas com limitações físicas, que na maioria das vezes eram excluídas da sociedade, passam a ter suporte em hospitais voltados aos pobres e marginalizados. Apesar de tal “avanço”, deficientes físicos não poderiam assumir papeis