Reflexões
Ao analisarmos os métodos educacionais utilizados hoje, verificamos que estes herdam de práticas e conceitos positivistas. Os métodos tradicionais, principalmente no ensino de Historia, transmitem o conteúdo baseando-se numa ordem narrativa-cronologica de forma com que estes se apresentem inquestionáveis, dotados de plena verdade e não cabíveis de questionamentos e reflexões. Fazendo com que, desta forma, não possibilite ao aluno uma formação crítica, em relação ao conhecimento e sua própia vida.
Critica-se esta pratica ao acreditar na produção do conhecimento e de sua propagação a partir das contradições, de análises críticas que venham contrapor teses e teorias, proporcionando assim, a partir de “prós e contras”, um maior campo de interação entre aluno-professor-conhecimento. Método esse, definidos nessa forma pelos filósofos Karl Marx e Hegel, como dialética. Comungando desta teoria, Henri Lefebvre a discute por um novo viés, se para Marx a vida social era mutável e dialeticamente construida, para Lefebvre esta ação é “inerente” ao homem, proporcionando sua referências por contradições incessantes.
Assim o método dialético, em contraposição a “lógica formal”, que defende as “informações absolutamente como verdadeiras ou falsas”e não passiveis de questionamentos, aponta com um método que traz o objeto como um problema, para que o desfragmentando e o descodificando possa-se estabelecer novas analises e conceitos a seu respeito, defendendo que é preciso que se entenda também seu processo de constante modificação.
O filófoso Gaston Bachelard, preocupado com o conhecimento científico, vem apontar a “formulação de problemas” como um não contentamento às opiniões já formadas referentes ao objeto de estudo. Bachelard acreditava que o conhecimento cientifico se constrói pela problematização do objeto, iniciado pela observação do fato, a problemática e a examinação dos vestígios para que assim possa-se delinear