Reflexões éticas

1 O FRACASSO POLÍTICO E O DESPERTAR DAS REFLEXÕES ÉTICAS

Não é novidade o sentimento de fracasso que circunda a política no Brasil, ao percorrer a história do país que foi colônia, império, república nota-se que foram cometidos verdadeiros devaneios no universo político brasileiro. Hoje, em decorrência do fácil acesso e intensa difusão da informação se observa um maremoto de denúncias, tais como, a apontada pela a revista VEJA (2010) no artigo de título “O triângulo da corrupção” no qual investigações mostram as ligações dos governadores do Tocantins, do Amapá e de Mato Grosso do Sul com quadrilhas acusadas de desviar fortunas dos cofres públicos, outra reportagem da VEJA revela acordos milionários entre empresários e órgãos do governo no quais a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, facilitou um esquema, que envolveu o pagamento de propina e com sua acedência, seu filho, Israel Guerra, transformou-se em lobista em Brasília, intermediando contratos milionários entre empresários e órgãos do governo mediante o pagamento de uma taxa, a empresa de Israel se chama Capital Assessoria e Consultoria que além de recorrer à influência da ministra para fazer negócios, também tem como sócios dois servidores públicos lotados na Casa Civil, existem inúmeras denúncias que contribuem definitivamente para o sentimento de fracasso político. O conjunto de problemas presentes na política tem como conseqüência para a nação brasileira a construção de uma idéia fatídica de que a corrupção no Brasil é mais corrupta, a política no nosso país é sempre falível, a culpa é dos outros, nada de construtivo pode provir do ambiente político. A decepção chega a tal ponto que mais parece uma doutrina niilista, a descrença absoluta em relação aos políticos brasileiros. Apesar dessa realidade enfadonha, as denúncias por parte da sociedade civil, organizações públicas e/ou privadas se tornaram um verdadeiro alarme para os padrões éticos vigentes e aumento da