Reflexões sobre o ensino de geografia nas séries iniciais do ensino fundamental
A geografia passou a fazer parte do currículo oficial do ensino Fundamental no Brasil a partir da promulgação da lei Orgânica do Ensino primário e da lei Orgânica do Ensino Normal em 1946 (Reforma Capanema). No contexto da época, o ensino tratava a geografia como uma forma indireta de aprendizagem, que refletia sob a denominação de Estudos Sociais, onde se aglutinavam partes da historia e da geografia apresentados de forma desordenada e um tanto fora do contexto da matéria, pois a geografia em si não participava de forma efetiva na realização dos objetivos políticos, sociais e ideológicos da época que pregavam o vinculo indivíduo, família e Pátria, como principio de formação social. Para reforçar este conceito, inseriu-se também no currículo escolar a Educação Moral e Cívica preceitos preconizados pelo regime militar visando uma formação cívica para incorporar um sentimento de patriotismo no indivíduo.
A partir da reforma Capanema, e com a promulgação da LDB de 1961 é que a geografia teve uma flexibilidade curricular, ocasionando assim uma mudança nos currículos escolares, permitindo que cada estado fizesse arranjos conforme sua vontade.
Somente a partir de 1980 e que a geografia voltou a fazer parte separadamente nos currículos escolares no ensino de quinta a oitava séries. No entanto as mudanças no ensino fundamental só a partir da década de 90, com a promulgação da nova LDB n.9394/96. Contudo a problemática que envolve a terminologia geografia ainda se encontra um pouco ofuscada para o ensino fundamental e sofre com os preceitos do velho modelo disciplinar outrora adotado.
Palavras chaves: Ensino, Geografia, Currículo.
Referências:
MARQUES, Valéria. Reflexões sobre o ensino de geografia nas séries iniciais do ensino fundamental. Mestranda em geografia PUC/SP/. 1° SIMPGEO/SP, Rio Claro, 2008. P. 202 ISBN: 978-85-88454-15-6
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