Reflexões sobre Alfabetização
“REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO” DE EMÍLIA FERREIRO.
DISCIPLINA: FUND. METOD. ALFABETIZAÇÃO
PROFª. MÍRIAM
RESENHA DO LIVRO
“REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO” DE EMÍLIA FERREIRO.
FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. 26. ed. Coleção Questões de Nossa Época; v. 6. São Paulo: Cortez, 2011.
Esse livro é a reunião de quatro trabalhos que tem com intersecção a investigação sobre a psicogênese da leitura e da escrita. Esses textos buscam mostra que o processo de alfabetização nada tem de mecânico.
A REPRESENTAÇÃO DA LINGUAGEM E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Inicialmente parte-se dos pressupostos, para alfabetização, que ela se resume ao método usado e a sujeito que se está alfabetizando. Ferreiro acrescenta um terceiro elemento que é “a natureza do objeto envolvendo esta aprendizagem” (p. 13), objeto este que é a linguagem escrita.
1. A escrita como sistema de representação
A autora propõe duas formas de se entender a linguagem (1) como representação da linguagem e (2) como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras.
A representação não é igual a realidade, ele sempre remete a uma realidade conhecida, mas não faz parte dessa realidade. Ferreiro usa o exemplo do mapa para mostrar isso. O mapa representa a realidade, mas não é a realidade, apenas afiguração desta.
O código é uma representação alternativa das relações existentes entre a realidade e forma de afiguração desta.
Nessa perspectiva a invenção da linguagem foi um processo histórico de representação da realidade e não uma forma alternativa de representação. No processo de alfabetização das criança elas precisam reinventar o processo de escrita, não criando novos símbolos (letras), mas compreendendo a estrutura epistemológica interna do processo de representação da realidade pela linguagem escrita. As consequências de se compreender a escrita como um código de transcrição da linguagem oral implicam na dissociação do