reflexões sobre alfabetização
PREFÁCIO – Tema Weisz
Telma Weisz ao escrever o prefácio do livro de Emília Ferreiro esclarece ao leitor que o mesmo não traz nenhum novo método, teste ou algo que se pareça com uma fórmula mágica, mas sim ideias a partir das quais é possível repensar a prática escolar da alfabetização, por meio dos resultados obtidos em suas pesquisas científicas.
Ferreiro é Doutora pela universidade de Genebra, foi orientanda e colaboradora de Jean Piaget. Realizou suas pesquisas sobre alfabetização na Argentina e também no México. A crença implícita, que antecede às pesquisas de Ferreiro, quanto à questão de alfabetização era de que tal processo começava e acabava na sala de aula e que a aplicação do método correto garantia ao professor o controle do processo de alfabetização dos alunos. Na medida em que um número maior de alunos passou a ter acesso a educação, ampliou-se também o número do fracasso escolar. Na ausência de instrumentos para repensar a prática falida e os fracassos escolares, passou-se a buscar os culpados: os alunos, a escola e os professores. Tal momento promoveu uma revolução conceitual, principalmente no que se refere à alfabetização. As pesquisas de Ferreiro e de seus colaboradores romperam o imobilismo lamuriento e acusatório, impulsionando um esforço coletivo na busca novos caminhos para que o educador rompa o circulo vicioso da reprodução do analfabetismo.
APRESENTAÇÃO
Sobre a mesma situação problema, Ferreiro apresenta no livro quatro trabalhos produzidos em momentos diferentes, a fim de contribuir para a reflexão sobre a intervenção educativa alfabetizadora, a luz de dados das investigações sobre a psicogênese da escrita na criança. Suas investigações evidenciam que o processo de alfabetização nada tem de mecânico, do ponto de vista da criança que aprende. Destaca que a criança desempenha um papel ativo na