Reflexões sobre alfabetização – capítulo 1 – a representação da linguagem e o processo de alfabetização
Logo de início a autora, enfatiza a importância dos dois pólos do processo de ensino-aprendizagem (quem ensina e quem aprende) e alerta para um terceiro item que deve ser levado em conta: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo essa aprendizagem. Também segue uma análise, que observa a fala que a escrita pode ser considerada como sistema de representação da linguagem ou como código de transcrição gráfica das unidades sonoras, onde faz algumas considerações em que consiste essa diferença, na qual diz que na codificação tanto os elementos como as relações já estão predeterminadas, e no caso da criação de uma representação nem os elementos e nem as relações estão predeterminadas. E a escrita é concebida como sistema de representação, sua aprendizagem se converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento. Mas se a escrita é concebida como código de transcrição, sua aprendizagem é concreta, como a aquisição de uma técnica.
As pesquisas realizadas tiveram como base crianças de outros países como Argentina e México, mas que seguem a mesma linha no processo de educação, semelhante a do nosso país.
Segundo Emilia Ferreiro, a criança pensa, raciocina, inventa, constrói interpretações, sempre buscando compreender a escrita. É dessa observação, que a autora explica que, quando a criança inventa a escrita ela está passando por um processo histórico de construção de um sistema de representação, porque uma vez construído, não será codificado. Dessa forma, se considerarmos o sistema de representação do número e o sistema de representação da linguagem, no início da escolarização, as