reflexão
Era cedo, madrugada, quase o nascer do sol, porém o orvalho da manhã não tocou a pele do homem, este estranhou o fato de o sol estar despontando sem o aguaceiro matinal, pois embora fosse cego, sentia as golfadas da água, matutinamente tocar-lhe a pele. Então o homem começou a buscar uma explicação plausível para aquele pequeno detalhe que fazia grande diferença. No caminho encontrou uma dona de casa que lhe disse que a preocupação dela não era o sumiço do orvalho da manhã, mas a falta de água para lavar sua roupa. Seguindo o homem em buscada resposta a sua indagação encontrou um executivo que ao ser questionado respondeu que o orvalho não importava a ele, pois estava preocupado com a falta de água para lavar seu carro, tomar seu banho demorado ou refrescar-se na psina. Injuriado com o descaso que em relação ao problema do desaparecimento do orvalho, o homem continuou sua jornada em busca de uma explicação. Nesse instante encontrou um cientista que, embora saiba que homens, animais e plantas estão morrendo por falta de água, nada sabe a respeito do sumiço do ovalho. O moço cego não parou sua jornada e, nesse galgar encontrou um ancião que parou e disse-lhe: - Filho: o homem, movido pela sua ganância pelo ter em detrimento do SER, derrubou as árvores, saqueou os lagos, rios e mares, destruiu o habitat dos animais, enfim, poluiu o ecossistema aério, aquatico e terrestre. E esta postura foi letal para a vida do planeta. Em pouco tempo a vida deixará de existir e, junto a esta, teu orvalho precioso, que nada mais eram do que pequenas gotas preciosas que sempre foram parte fundamental da vida. De repente, um raio de sol bate-lhe a face e o cego acorda assustado, percebendo que tudo não passara de um pesadelo, que poderia se tornar totalmente rael se ele nada fizesse naquele momento. Então, assentou-se em frente a sua velha máquina de escrever em Braille e começou a redigir um texto que falava mais ou menos assim. Homens, minha