Reflexão sobre o uso de Células-Tronco e Embrionárias.
As células-tronco são células relativamente indiferenciadas, que podem se dividir indefinidamente. Essas divisões resultam em células filhas, que poderão sofrer mudanças progressivas, responsáveis por diferencia-las em tipos celulares específicos, que passaram a exercer suas funções características com eficiência.
Na medida em que a célula adquire características funcionais específicas de um determinado tipo celular, ela diminui sua capacidade de dar origem a outros tipos celulares, ou seja, quanto maior a diferenciação celular, menor a sua potencialidade.
Claro que temos no organismo as células-tronco adultas que apesar de se encontrarem em pequena quantidade, elas possuem especial importância para a reposição e regeneração tecidual no organismo adulto. Na maioria dos tecidos, essas células são multipotentes, possuindo vários graus de diferenciação.
A meu ver, é difícil se posicionar com relação a este assunto, pois devemos levar em conta muitos fatores, principalmente os valores éticos, mesmo que a utilização das CT seja ampla (podem ser utilizadas em doenças cardíacas, autoimune, diabetes, traumas na medula espinhal e outras).
Primeiramente devemos colocar na ”balança” os riscos que um tratamento com células-tronco podem levar, como a criação de tumores e talvez o principal fator de discussão, a incompatibilidade entre o doador e o receptor das CT (como podemos garantir que não haverá nenhum problema, clonando o embrião do paciente? Ele também não é uma vida? Podemos utilizar humanos nos estudos? Devemos utilizar os animais?), a verdade é que temos muitas perguntas sem respostas, e só com os estudos e o tempo podemos tentar acha-las.
Mas mesmo com todos esses fatores, a minha posição ainda é a favor a utilização das células-tronco em terapias, pois com elas podemos salvar vidas, aprender muito sobre o desenvolvimento da biologia humana, e a longo prazo esses estudos podem beneficiar a saúde humana.