Deuses da américa do sul
Deuses Brasileiros
À época da chegada dos colonizadores europeus, os mais de mil povos indígenas que viviam por aqui já tinham um rico e variado panteão de divindades, todas em estreita ligação com as forças da natureza. Além dos tupis e dos guaranis, dezenas de outros povos deixaram um legado mitológico que permanece vivo até hoje.
Tupã
Mito ameríndio (índio da América), do grupo tupi-guarani. Os tupis o considerava personagem ligado aos trovões, às tempestades, às chamas e aos raios, chamado de “o Espírito do Trovão”. Tupã é o grande criador dos céus, da terra e dos mares, assim como do mundo animal e vegetal. Além de ensinar aos homens a agricultura, o artesanato e a caça, concedeu aos Pajés o conhecimento das plantas medicinais e dos rituais mágicos de cura. Na mitologia tupi-guarani, entretanto, Tupã era um personagem de segunda ordem. Os catecúmenos (aqueles que se preparam para receber o batismo; cristão novos) é que, já no período da colonização, principiaram a valorizá-lo como entidade idêntica a Deus. É indispensável, pois, distinguir o mito ameríndio, onde Tupã é apenas um demônio que provoca chuvas, raios e tempestades, tendo uma missão civilizadora entre os homens, e o mito sincrético de Tupã-Deus.
Jaci
È a deusa Lua e guardiã da noite. Protetora dos amantes e da reprodução, um de seus papéis é despertar a saudade no coração dos guerreiros e caçadores, apressando sua volta para suas esposas. Filha de Tupã, Jaci e irmã esposa de Guaraci, o deus Sol. Na mitologia hindu ela é conhecida como Vishnu e na egípcia de Ísis.
Guaraci
Filho de Tupã, o deus Sol auxiliou o pai na criação de todos os seres vivos. Irmão marido de Jaci, a deusa Lua, Guaraci é o guardião das criaturas durante o dia. Na passagem da noite para o dia – o encontro entre Jaci e Guaraci-, as esposas pedem proteção para os maridos que vão caçar. Na mitologia hindu é identificado como Brahma e na egípcia de Osíris.