BIOÉTICA
Por toda a extensão deste texto, vamos falar sobre as implicações bioéticas, religiosas e jurídicas do uso das células tronco embrionárias para fins terapêuticos, na tentativa de contribuir para que o leitor forme um conceito do que é certo e errado nestas pesquisas. Para entendermos sobre esse polêmico assunto, devemos saber o que são essas células e suas funções.
INTRODUÇÃO
As pesquisas com células-tronco embrionárias motivam muita polêmica entre setores da sociedade. Cientistas e religiosos divergem nas opiniões, para os cientistas essas pesquisas são essências para a evolução dos tratamentos médicos e a busca da cura de várias doenças. Já para os religiosos, a manipulação de células-tronco fere os conceitos morais e éticos de suas crenças. A divergência gerada por essa discussão chegou aos tribunais resultando na aprovação da lei. O artigo 5º da Lei de Biossegurança (número 11.105, de 24 de março de 2005), diz que “É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in ‘vitro’ e não utilizados no respectivo procedimento”. No desenvolvimento deste texto, vamos tratar sobre as implicações bioéticas, religiosas e jurídicas do uso das células tronco embrionárias para fins terapêuticos, na tentativa de contribuir para que o leitor forme um conceito do que é certo e errado nestas pesquisas. Para entendermos sobre esse polêmico assunto, devemos saber o que são essas células e suas funções, células-tronco são células consideradas curingas no jogo da vida, pois podem se transformar em várias outras células ou órgãos do corpo, basicamente existem dois tipos: as embrionárias, que podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano e podem ser encontradas no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, porém, são vistas pelos religiosos como repressão ao direito a vida, já que para serem usadas em