Reflexão Assédio Moral
A Polícia Federal (PF), conhecida como referência no combate ao crime e à corrupção, atualmente está passando por crise interna, é o que revela a reportagem de Jeronimo e Torres (2013), divulgada pela Revista ISTOÉ. Onde nos últimos dez anos, 22 agentes da PF cometeram suicídio, e destes, 11 aconteceram no período entre março de 2012 à março de 2013. Frente a estes dados, procurou-se descobrir em qual cenário estes agentes estão inseridos e que condições de trabalho são submetidos, relacionando a causa dos suicídios.
Jeronimo e Torres (2013) citam uma pesquisa realizada pra Universidade de Brasília (UnB), onde mostra-se que por trás da imagem apresentada pelos agentes, encontram-se muitos casos de depressão, ansiedade e síndrome do pânico, os quais atingem um em cada cinco agentes. Mas o que causa estes sintomas? O que leva os agentes da PF a tirarem a própria vida? Segundo relatos de colegas e familiares de agentes que cometeram o suicídio, apresentados na matéria, estes relatavam que sofriam assédio moral com relação à produtividade diariamente. Assim como estes que se suicidaram, cerca de 50% dos agentes da PF relataram em algum momento que sofriam e/ou sofrem assédio de seus superiores.
E, frente a estes dados, segundo o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal, a PF fecha os olhos para esta realidade, fato comprovado quando analisa-se os dados e percebe-se que há apenas cinco psicólogos para atender mais de dez mil agentes, sendo que grande parte destes apresentam sofrimento psicológico. Um exemplo da atitude da PF frente aos casos de depressão, foi o ocorrido com o agente Seabra, que apresentavam transtorno patológico. Este enviou comunicado formal aos superiores, dizendo que não estava se sentindo bem e o que estava acontecendo, em resposta ao seu comunicado, a PF mandou confiscarem sua arma, e o transferiu para plantão de 24 horas, que é considerado castigo, pois o agente realiza atividade semelhantes ao de