Reflexao Critica
É difícil definir, no seu todo, o conceito de emoção. Como tal, existem diferentes perspectivas teóricas que procuram explicar este complexo conceito.
Uma dessas perspectivas é a perspectiva de inspiração cognitivista que defende, muito sucintamente, a emoção como resultante de processos de avaliação cognitiva e atribuição de significado. Existem várias teorias e estudos que pretendem comprovar que a emoção resulta de uma avaliação cognitiva que fazemos sobre determinada situação e o significado que atribuímos à mesma, baseado numa avaliação das nossas competências e capacidades para lidar com essa situação.
Dentro desta perspectiva encontramos autores como James, Canon, Singer e Schachter, que defendem o feedback do corpo como essencial à génese da experiência emocional, sendo este feedback somato-visceral não específico. Um determinado acontecimento exterior desencadeia uma resposta no nosso corpo que informa o cérebro, gerando um estado de hiperdespertar que interpretamos de acordo com o contexto físico e social em que nos encontramos. Isto é, a experiência emocional resulta da explicação que damos ao estado do nosso corpo. Outro teórico que sem enquadra nestas propostas é Vallins, que defende que não é a activação fisiológica a génese da experiência emocional, mas sim a crença que temos de sermos activados fisiologicamente, a representação cognitiva dessa activação. Deste modo defende que existem dois tipos de cognições indispensáveis para a experiência emocional, sendo estes a identificação da activação fisiológica e a interpretação cognitiva que fazemos dessa activação, atribuindo-a a um determinado acontecimento externo. Schachter e Singer, bem como Vallins, testaram as suas teorias em estudos experimentais que carecem de replicações, e como tal, levantam algumas críticas. Será a emoção dependente da cognição, como afirmam? Será realmente o significado que damos à resposta do nosso corpo que gera uma emoção? Ou será que