Refletindo sobre a língua: um contexto real ou idealizado?
De acordo com o que foi discutido no fórum dessa disciplina foi possível compreender que os conceitos relacionados à gramática, texto e sentido estão intimamente relacionados, não sendo possível ensiná-los de forma dissociada. Ao chegar à escola os educandos já trazem consigo uma gramática internalizada, proveniente de suas relações e interações com o ambiente bem como com a comunidade falante a que está inserido. Assim, cabe ao professor buscar priorizar em suas aulas, um espaço em que seja possível refletir sobre a língua, contemplando diferentes variantes da fala, para que os alunos possam compreender a língua como um mecanismo vivo que se modifica, amplia e se desenvolve de acordo com o grupo falante. Nesse sentido, cabe salientar que a norma padrão pertence a uma condição idealizada da língua materna, devendo sim ser trabalhada, aliás, muito bem trabalhada no contexto escolar, para que o educando tenha condições de refletir sobre seus usos e formas de forma consciente e contextualizada, compreendendo a necessidade de utilizá-la em diferentes situações, evitando fomentar as situações que estigmatizam e atenuam o preconceito linguístico. O preconceito linguístico tem sua origem a partir da opressão, em que um falante se acha superior ao outro, por manter consigo o paradigma de que só é um bom falante e bom escritor aquele que possui um domínio total da norma padrão da língua. Entretanto, tal conceito é errôneo, uma vez que o ato de falar e escrever bem estão relacionados ao fato de dominar os recursos do idioma compreendendo o funcionamento da língua de forma ampla e interativa, indo muito além da apropriação e memorização de regras descontextualizadas que nada tem a ver com o cotidiano do individuo. Portanto, cabe salientar, que o preconceito linguístico, ganha força quando tenta se impor a norma padrão da língua apresentando-a como única