referencial teorico
Você irá conferir a seguir um texto que foi extraído do livro Operações de Câmbio e Pagamentos Internacionais no Comércio Exterior, do especialista em Câmbio e Pagamentos Internacionais, Angelo Luiz Lunardi. Embora o livro tenha sido escrito no ano de 2000, as teorias do autor sobre o dia-a-dia do comércio internacional se aplicam perfeitamente aos dias de hoje, em especial aquela que diferencia os profissionais especialista e generalista. Por meio desse texto, os que desejam ingressar na área poderão apreender de forma bastante didática um pouco da complexidade que envolve as operações de comércio exterior e verificar se realmente têm vocação para atuar nesse mercado.
A atividade de Comércio Exterior, como qualquer outra, deve ser planejada. Por ser atividade de características peculiares, é correto afirmar que tal atividade deve ser precedida de um rigorosíssimo planejamento. Mas, devido a circunstâncias diversas, muitas empresas brasileiras, por vezes, simplesmente "atiram-se" ao Comércio Exterior: problemas no mercado doméstico resultantes de planos e "pacotes" econômicos, retração da economia nacional, especulação, ágio, … fatos que ocorrem independentemente da vontade do empresário. Ou então, a corrida ao mercado externo advém da propaganda oficial, cíclica e típica das últimas décadas: "Exportar é o que importa!", "Exportar é a solução!", … e lá se vão tantas outras empresas atraídas pelo "canto da sereia".
O empresário – pequeno e médio, principalmente – não é alertado para os riscos decorrentes das operações de comércio exterior, das suas particularidades, da sua complexidade. Não observa que comprar ou vender no mercado externo é muito diferente de praticar comércio em território verde-e-amarelo. No Comércio Exterior convive-se com distâncias incalculáveis: distâncias geográficas; distâncias culturais; distâncias comerciais; distâncias éticas e de costumes, assim como com distâncias regulamentares. O empresário