Reduçao da maioridade penal

Redução da maioridade penal, uma regressão disfarçada de progresso.

Muito se tem discutido nas ultimas semanas sobre a redução da maioridade penal no Brasil; não raramente ao passar pelos canais da televisão, o telespectador se depara com uma, ou mais, matérias abordando o assunto e adotando posições quase sempre a favor da aprovação da lei que mudará código penal e o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
As estatísticas da mídia assustam; listam sem piedade os números de assaltos, estupros e assassinados, informam a idade do assassino como se fosse um troféu, “o crime foi praticado por um menor de idade” dizem eles.
O que a mídia sensacionalista muitas vezes esquece-se de informar ao cidadão brasileiro, é o índice de analfabetos – e semianalfabetos – que compõem esse grupo. São crianças negligenciadas, não apenas por suas famílias, mas por um governo que negligencia a educação como um todo. Indo além, existem centenas de crianças e jovens moradores de rua que passam fome todos os dias, sofrem com o frio no relento da noite e muitas vezes acabam encontrando no crime uma forma de saciar suas barrigas famigeradas e o corpo gelado.
Muitas outras coisas sequer são questionadas, como qual a porcentagem dessas crianças sofrem abusos sexuais nas mãos de pedófilos ou quantas se prostituem nas ruas para terem o que comer. Isso não e tão importante. É preciso que a população cobre de seus governantes uma solução para isso, é preciso cobrar não por uma punição por um crime, mas sim evita-lo. E a educação e o cuidado com os nossas crianças é o primeiro passo para exterminar a violência.
E apesar disso tudo, o Brasil não possui uma estrutura própria para a aprovação de tal lei. As penitenciárias estão lotadas, celas abarrotadas de criminosos perigosos que estarão em contato direto com os menores infratores que forem condenados a sentença em cárcere privado; o local se tornará uma escola de crimes, onde ao invés de melhorar e refletir sobre seus erros o jovem sairá mais