Redemocratização
O Período de Redemocratização do Brasil
A ditadura estava em desgaste. Após durar mais de duas décadas reprimindo, censurando e violentando homens e mulheres, militantes, sindicalistas, dentre inúmeras outras pessoas, tal governo começou a mostras sinais de que o período logo teria fim. Os militares enfrentavam dificuldades para recuperar a economia do país. O endividamento pós 64 e, consequentemente, os índices inflacionários exorbitantes agravavam ainda mais o delicado cenário político brasileiro. Concomitantemente, diferentes setores da sociedade civil pressionavam os militares para que deixassem o poder, reivindicando as liberdades individuais reprimidas durante todo o regime. A igreja católica passa a se posicionar contra a violação dos direitos humanos, familiares de presos pedem pela anistia e protestam contra os escândalos de corrupção que surgem com o abrandamento do governo Geisel. Aos poucos, o MDB foi ampliando sua capacidade de sabotar, de forma branda, a ditadura. Liberais e comunistas aliaram-se ao partido para derrubar o regime e dar início à redemocratização do país. Bastava ter eleição para que o partido derrotasse o ARENA (até então, partido de sustentação do governo militar). Como se pode perceber, a oposição estava toda articulada: estudantes, Igreja Católica, movimentação pela anistia, jornalistas, MDB.
A palavra-chave da ditadura agonizante era abertura. Representou o recuo de um governo desgastado e que, de uma forma inusitada, estava sendo fulminantemente atacado por um povo que aprendeu a se organizar em 21 anos. A luta contra o regime não estava sendo feita mais por estudantes que atiravam pedras ou pelos poucos que pegavam em armas. Agora, a movimentação estava acontecendo com a maturidade necessária, e o segredo era a mobilização da sociedade civil. A abertura lenta e gradual proposta por Geisel é colocada em prática e responde positivamente aos anseios da população.
Já no governo de João Figueiredo, o