Redação
Na conjuntura brasileira contemporânea, a violência é quase tão discutida quanto o futebol. No entanto, enquanto o segundo é uma paixão, a primeira é um enorme problema nacional. Diariamente, os brasileiros são afetados, de diversas maneiras, por manifestações violentas e criminosas, presencialmente ou não. A sociedade está perdendo esse jogo, rendida e inerte diante de uma problemática de difícil solução. Não é impossível, porém, vencer essa batalha.
A desigualdade social, como é de conhecimento público, é um dos maiores problemas do país. Vive-se a plenitude de uma sociedade consumista, na qual o ter em detrimento do ser é valorizado e divulgado pela mídia de massa. Entretanto, dadas as diferenças socioeconômicas, nem todos podem ter acesso aos bens desejados. Dessa forma, muitos optam por caminhos alternativos para obtê-los, que são, frequêntemente, ligados ao crime e a violência, ferindo a dignidade do cidadão e gerando sentimentos de revolta, repulsa, e até vingança, em um circulo vicioso que envolve todas as classes. Esse problema poderia ser amenizado com a criação de empregos, e redução da desigualdade.
É importante, também, observar que se vive no Brasil uma cultura da impunidade, na qual existe a certeza de que, muito possivelmente, nada acontecerá a quem comete crimes tidos como menores ou menos hediondos. Assim, além das manifestações dignas de virarem notícias na televisão, existe a violência doméstica, velada e escondida. Impera a lei do mais forte contra o mais fraco, o que faz com que mulheres sejam espancadas, crianças exploradas, e aqueles que não estão diretamente envolvidos permanecem míopes, raciocinando de maneira individualista. Essa situação se perpetuará enquanto as vítimas não denunciarem seus agressores.
Percebe-se, também, certo comodismo por parte dos brasileiros das classes média e alta. Parte das elites detentoras de poder, essas pessoas se escondem em seus condomínios e prédios, onde pagam por