Redação Memória e história presente passado e futuro
Marina Morais Caporrino – Jornalismo (matutino)
Disciplina: Fundamentos Teóricos da História
Professora: Alice Mitika Koshiyama
Redação: “Memória e história: presente, passado e futuro”
Texto base: “Memória, Esquecimento, Silêncio” – Michael Pollack
Michael Pollack em seu texto intitulado “Memória, Esquecimento, Silêncio” disserta sobre a memória em suas três formas: a individual, a coletiva e a subterrânea. Utilizando-se de exemplos reais e atrelando-os a teorias e pensamentos de outros filósofos e sociólogos, Pollack traz um panorama de como as memórias influenciam a história. Maurice Halbwachs, sociólogo francês de influência durkheimiana, enfatiza a força de pontos de referência diferentes que possibilitam com que a nossa memória individual (que se caracteriza por ser mutável de acordo com as circunstâncias em que nos encontramos), se insira na memória da coletividade. Nesse sentido, temos expressões como monumentos, tradições, folclore e música, entre outros, que juntos reforçam o sentimento de pertencimento a um grupo e reforçam as fronteiras socioculturais. Entretanto, Halbwachs não vê a memória comum como uma imposição, mas sim como algo positivo, que reforça a coesão social pela adesão afetiva, visão com a qual Pollack discorda duramente, ressaltando a memória nacional como segregacionista.
As memórias subterrâneas, por sua vez, privilegiam a análise das minorias, geralmente marginalizadas em todo o processo histórico, e se opõem à memória nacional, a qual seria a “memória oficial”. Por serem sempre reprimidas, quando se tornam públicas trazem consigo uma série de reivindicações imprevisíveis, que se formam ao mesmo tempo em que caem os tabus formados pela memória oficial. Essas lembranças são mantidas, muitas vezes, em silêncio e são transmitidas de geração em geração pela história oral.
Opondo-se a mais legítima das memórias coletivas, a memória nacional, lembranças individuais e de grupos consideradas subterrâneas