fichamento por capítulo de "Sobre História" - Hobsbawm
Capítulo I – Dentro e Fora da História
Neste capítulo, fica evidente uma noção extremamente cientificista da história por parte do autor. Por vezes, ele lança mão de exemplos históricos para atacar a ideia pós-moderna de discursos, indiretamente, colocando-a ao lado do anacronismo. Nota-se, afinal, a visão marcadamente marxista de Hobsbawm, principalmente quando ele aborda o papel desmistificador do historiador quanto aos discursos que buscam legitimar, por meio da história, ideologias que se baseiam em leituras anacrônicas, tendenciosas ou mentirosas, na minoria dos casos, da história. Também quando traz a questão da imparcialidade no estudo histórico, com o mesmo fim.
Este capítulo, como introdutório e apresentação do livro, tem o claro objetivo de delimitar o que é, para Eric Hobsbawm, o dever do historiador. No caso, fica claro que seria o de desmistificar ideologias (no sentido marxista, de discurso enganoso) por meio da correta, imparcial e científica - portanto metodológica - leitura da história. Termina o capítulo afirmando que o historiador é um servidor público que trata de revelar aos cidadãos a mais precisa e correta leitura de sua memória, portanto, escrita e produção da história. É isto, para o autor, o que deve fazer o historiador: ler e escrever, de maneira apropriada, a história de um povo, para que se possa não só saber como agir no presente, como também determinar resultados plausíveis no período de longa duração.
Capítulo II – O Sentido do Passado
Neste ensaio, o autor realiza uma divagação filosófica e teórica acerca do tema “passado”, relacionando com conteúdos históricos de forte presença na análise social, como a sociedade e o indivíduo. Aborda questões sobre a concepção de mundo e suas consequentes mudanças através do tempo (gerações) e como isso é de extremo significado para a construção da identidade. Outro aspecto importante abordado é acerca da tradição cultural de cada sociedade e