Recursos Humanos
Ano Letivo 2014/15
Desigualdades salariais em Portugal
É possível afirmar que Portugal é um dos países da União Europeia com maior discrepância a nível salarial.
Existem várias variantes que explicam e influenciam as divergências existentes nas empresas portuguesas.
Como podemos observar no gráfico, a educação é fator decisivo na definição do salário base. Na maioria das vezes a educação sobrepõese à experiência profissional, fazendo com que um trabalhador qualificado e com vários anos de serviço seja ultrapassado por alguém com habilitações superiores às suas.
A dimensão das empresas é outro aspeto de grande relevância na consideração salarial. É de esperar que os trabalhadores inseridos numa grande empresa aufiram maiores salários que os de uma empresa mais pequena. Uma das razões apontadas para este fenómeno é o facto de as empresas maiores, que por norma contratam mais trabalhadores, beneficiarem da existência de economias de escala na formação dada no início de carreira. (Fernandes, Ana (2012). Este aspeto pode ser tanto negativo como positivo. Quanto maior for a hierarquia da empresa, maiores poderão ser as desigualdades. Ao contrário do que se passa nas grandes empresas, as pequenas empresas não possuem tantas disparidades nos salários obtidos pelos funcionários. Um fator que poderá também explicar este fenómeno é a prática de salários mais baixos.
Outro assunto bastante comentado e debatido são as desigualdades salariais entre géneros. A regressão de Portugal em relação a este assunto é preocupante. Nos últimos
11 anos o “gap” salarial tem vindo a aumentar (em 2000 encontrava-se no 8% e em
2011 registou-se 15%). Um exemplo desta diferença é que em média, as mulheres trabalham 65 dias de graça para conseguir igualar os homens na folha do ordenado. E existe também o favoritismo para que os homens arroguem cargos mais elevados nas empresas devido ao facto das mulheres assumirem mais