RECURSOS HUMANOS
Nos últimos anos, um indicador financeiro passou a ser amplamente utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado como a principal e as vezes única avaliação de desempenho e/ou do valor das companhias: o EBITDA. Além disso, o final da década e início do novo milênio foi marcado por inúmeras negociações de empresas que também tiveram como único parâmetro o EBITDA.
De outro lado, como ocorre freqüentemente, o modismo disseminou-se rapidamente e muitas empresas, dos mais variados portes e segmentos em nosso país também passaram a considerar o EBITDA como uma importante ferramenta de avaliação de performance operacional. Mas, afinal de contas, o que é o EBITDA ? Ele é ou não uma boa ferramenta de avaliação ? O EBITDA mede, realmente, o fluxo de caixa ? Por que empresas com ações negociadas nas bolsas de valores fazem questão de apresentar o resultado do EBITDA ?
Essas e outras questões têm sido objeto de acaloradas discussões nos meios acadêmicos e financeiros e ao apresentar este texto, não tenho a pretensão de ser o juiz da questão nem esgotar o assunto, mas apenas apresentá-lo para aqueles que não o conhecem, aprofundar a reflexão para aqueles que já o conhecem razoavelmente e trazer à tona, uma série de pontos que podem estar sendo desapercebidos por empresas que o adotaram sem ressalvas. O que é o EBITDA ?
A sigla EBITDA corresponde ao Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization. Em português, significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, também conhecido como LAJIDA. Muito embora, o EBITDA também seja chamado ou apresentado como ?Fluxo de Caixa Operacional (Operational Cash Flow)? o mesmo leva em conta apenas o desempenho operacional da empresa e não reflete o impacto no resultado, dos itens extraordinários, das despesas com investimentos e das mudanças havidas no capital de giro.
Uma pouco de história...
O EBITDA tornou-se