Recursos Humanos

A DIVISÃO DO TRABALHO NO MUNDO E O EMPREGO NO BRASIL

O mercado de trabalho tem sido objeto de profundas transformações nas ultimas décadas, em especial no Brasil, onde essas mudanças resultam principalmente da adoção, a partir de 1990, de um novo modelo econômico, que busca inserir ao país no processo de globalização. Assim, para analisar a evolução do emprego no país, é importante discutir efeitos passados e atuais da globalização, considerando-se, no caso, os impactos socieconômicos da crescente liberalização comercial, da desregulamentação do setor financeiro e do mercado de trabalhos, da reformulação do papel do Estado, da revolução tecnológica e das novas formas de organização da produção surgidas com as grandes empresas transacionais.
A capacidade de absorver maior ou menor quantidade de trabalhadores, das atividades produtivas, não depende apenas do grau de expansão de cada país, mas também do modelo de desenvolvimento adotado. Um conceito relevante nessa questão é o de “divisão internacional do trabalho”, que expressa o grau de assimetria geográfica no uso e rendimento de mão-de-obra em distintas fases históricas da evolução da economia mundial. Esse conceito é apresentado de duas maneiras distintas, de acordo com a base teórica considerada. Destaca-se, de um lado, noção, nascida com os primeiros estudos teóricos sobre economia, fundada nas vantagens comparativas que certas noções obtem ao produzir e comercializar seus bens e serviços. A divisão internacional do trabalho decorreria apenas das desigualdades de desenvolvimento econômico entre os países, que dependeriam do maior ou menor intercambio de bens, serviços e informações.
A integração no sistema econômico mundial, por gerar maior competição entre nações, levaria saldos positivos entre a destruição de postos e a criação de postos de trabalhos em países ou regiões com maior vantagem. A competitividade, no livre comercio internacional, exigiria a especialização nas atividades produtivas. Em outras