Recursos humanos
Apesar de, para muitos, o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (Quality of Work Life) parecer novo ele teve sua origem no final da década de 60, início de 70, através de uma série de conferências patrocinadas pelo governo americano e a Fundação Ford, motivados pelo aumento do fenômeno de alienação do trabalhador, herdado do modelo taylorista.
Já era sentida a necessidade da satisfação do trabalhador ir além da sua estação de trabalho. As organizações já consideravam a participação dos trabalhadores em alguma de suas decisões, o aumento de autonomia nos postos de trabalho, o redesenho dos processos produtivos e da estrutura organizacional, o estímulo à aprendizagem e, por fim, o incentivo a participação da inteligência do trabalhador como forma de perpetuação da empresa no mercado.
Neste artigo iremos abordar este tema, muitas vezes ignorado em nossas organizações, mas de fundamental importância para o seu crescimento.
Um pouco de história
Certa vez escrevi que os princípios básicos de Taylor eram gerenciar a fábrica através de métodos científicos, ao invés de regras práticas empíricas que existiam naquela época . Por esses princípios não havia outra coisa a fazer do que definir para o trabalhador o que fazer e o como fazer.
Cabe lembrar que os níveis educacionais eram bastante baixos naquela época. Assim, a classe operária que constituía o maior contingente das fábricas era composta, em sua maioria, por imigrantes recentes, com pouco conhecimento do idioma inglês e, boa parte dele, composta por analfabetos.
Escreve o Dr. J. M. Juran: “Pelo ponto de vista de Taylor, supervisores e trabalhadores com níveis baixos de educação não estavam qualificados para planejar como o trabalho deveria ser feito. A solução dele foi separar o planejamento da execução. Para aplicar essa solução, Taylor criou departamentos de planejamento, onde colocou engenheiros, dando-lhes responsabilidade para:”
* desenvolver métodos científicos para execução do trabalho;
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