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Atriz estreante, Gabourey Sidibe que é a Preciosa, vive aos 26 anos o oposto do que foi o destino de sua personagem. Como em um conto de fadas, foi indicada para o Oscar de melhor atriz, concorrendo com monstros sagrados como Meryl Streep.
Apadrinhada por Ophra Winfrey, que aparece nos créditos como produtora executiva do filme, a garota de origem senegalesa e estudante de psicologia, é hoje uma celebridade. A Cinderela americana, como a chamou Oprah na cerimônia do Oscar.
Dirigido por Lee Daniels, o primeiro negro a ser indicado para o Oscar de melhor diretor, “Preciosa” tem um ótimo elenco de atores negros e hispânicos. Paula Patton é a amorosa professora Blu Rain, Mariah Carey a assistente social e Lenny Kravitz o enfermeiro simpático.
Mo’Nique faz a mãe monstruosa com tal realismo que ganhou o Globo de Ouro e levou o Oscar de atriz coadjuvante, para o qual era a favorita em todas as listas.
O filme ainda concorreu ao Oscar do melhor filme do ano e na véspera foi premiado com cinco Spirit, o Oscar dos independentes: melhor filme, direção, roteiro adaptado, atriz (Gabourey Sidibe, a Gabby) e atriz coadjuvante (Mo’Nique).
Não é fácil assistir ao filme “Preciosa” porque ele trata de questões que a maioria das pessoas gosta de ignorar por puro sentido de auto-preservação.
Mas, se você é uma pessoa que já ultrapassou essa barreira e tem interesse em observar o processo de humanização, encare “Preciosa”. Talvez o filme ensine a você uma ou duas coisas importantes.
A professora Blu Rain pouco fala, mas tudo ouve, tudo vê, comprende e acolhe.
Seria bom se os professores assistissem esse filme e aprendessem a ouvir mais do que falar, do que passar lição de moral, repreensões e castigos.
Até hoje não