recensão
“O Livro das Boas Maneiras” de Marcelle Fortin-Jacques
LLA TCOE1 2013/2014 Recensão crítica ao livro “O Livro das Boas Maneiras”, de Marcelle Fortin-Jacques
Fortin-Jacques, Marcelle – O Livro das Boas Maneiras. 3º ed. Mem Martins: Publicações Europa-América, 1989. p.164. ISBN 972-1-02707-3.
O autor, Marcelle Fortin-Jacques, propõe na sua obra uma abordagem aos contactos sociais que só são possíveis através da existência de um conjunto de normas que nos permitem viver em harmonia. Da vida em sociedade fazem parte não só a boa educação, mas também a arte do bem comunicar, do bem receber e ainda a capacidade de lidar com os diferentes acontecimentos da vida. Assim, a partir do fio condutor - viver em sociedade - o autor transmite-nos e clarifica as regras essenciais que todos devemos dominar para saber ser, saber estar e saber interagir com o outro em qualquer contexto social, denotando uma intemporalidade que, apesar disso, não deixa de revelar nas entrelinhas a sociedade Francesa de finais dos anos 70.
“À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Tal como a mulher de César todos sentimos na pele a imponência da dualidade entre o ser e o parecer. “O Livro das Boas Maneiras” guia-nos até à possibilidade de encontrar um perfeito equilíbrio entre essa dualidade, oferecendo-nos um conjunto de ferramentas que nos permitem ser bem-educados, mas também mostrar que o somos em todas e quaisquer circunstâncias do meio social.
De forma a conciliar os diferentes aspetos que fazem parte da vida em sociedade, o autor dividiu a obra em cinco partes estruturantes. A primeira parte consagra os contactos sociais em si. Já a segunda parte alude a tudo o que os diferentes tipos de receções envolvem. Seguem-se os acontecimentos da vida e a forma como com eles devemos lidar. A noção de “arte de viajar” constitui a quarta parte da obra. Por fim, explicam-se as normas de precedência