Recensão
No final do texto apresentam-se orientações estratégicas que podem contribuir para a definição de politicas para uma nova complementaridade do mundo rural-urbano.
Na procura dessas estratégias é importante compreender a história das relações do campo com a cidade. Procurando perceber se há uma complementaridade ou uma simbiose. O autor diz-nos que o mundo rural antigo opõe-se ao mundo urbano, visto que o primeiro tinha funções e actividades económicas ligadas à produção de alimentos e á agricultura. O grupo social era a família e o tipo de paisagem era natural.
Por outro lado, a cidade apresenta diferentes funções, diferentes actividades e grupos sociais e paisagens distintos. No entanto, desde a revolução industrial que esta divisão tem vindo a ficar diferente: com a industrialização da agricultura a modernidade deixa de ser pertencente apenas à cidade. A partir da década de 80 desenvolve-se no campo o mundo rural não agrícola e a disjunção começa a existir entre o mundo rural agrícola e o não agricola. Começa a ser socialmente construída a ideia de património e dá-se uma transformação do mundo rural em espaços multifuncionais com valor patrimonial. È dentro deste âmbito que se desenvolve por exemplo o turismo rural, que integra novas ideias de sustentabilidade. Estas actividades têm funções sociais e ambientais.
No segundo ponto, o autor refere que é importante aprender com a historia e que neste momento o turismo rural teve um impacto bastante reduzido quer em termos de criação de emprego quer em termos de rendimentos adicionais para as famílias.