Recensão crítica de um artigo
Barca, Isabel &Gago, Marília (2001) – Aprender a pensar em História: um estudo com alunos do 6º ano de escolaridade. Revista Portuguesa de Pedagogia nº 14. Braga, Universidade de Minho, pp 239-261
I parte - As investigadoras descrevem, neste artigo, uma investigação efectuada com alunos de 6º ano de escolaridade, realizada no âmbito do projecto “Formar opinião na aula de História”.
O problema que colocam é “ Que níveis de argumentação apresentam os alunos do 6º ano de escolaridade sobre fontes primárias exprimindo pontos de vista contraditórios em relação à política colonial portuguesa anterior ao 25 de Abril?”.
Numa parte introdutória definem /esclarecem os seus pontos de vista sobre a construção do saber histórico, definindo-se como apologistas da corrente construtivista e rejeitando a corrente dos estágios de desenvolvimento de Piaget. Fundamentam-se nos estudos de Light e Butterworth (1992) que defende que o contexto social concreto em que a cognição se processa é fundamental “ o jovem aprenderá melhor quando as tarefas que lhe são propostas fazem sentido em termos de vivência humana”. p. 240
Esclarecem que a interpretação das fontes históricas (que reflectem diversos pontos de vista), constituem um elemento fundamental na progressão do conhecimento histórico. Mas a interpretação das fontes está relacionada com o seu nível de contextualização. Referem que as crianças podem aprender História, com algum grau de elaboração, desde que as tarefas tenham algum significado pare eles. “O desenvolvimento do raciocínio histórico processa-se com oscilações e não de uma forma invariante. ( Lee, 1994). Os objectivos centrais no campo da cognição histórica têm sido –compreender os processos cognitivos dos sujeitos ao pensarem em História, examinar as relações entre as ideias tácitas e os conceitos históricos, explorar a compreensão dos alunos quanto aos conceitos históricos, quer de natureza substantiva, quer de natureza