Recensão crítica ao artigo “Imagens da ironia na publicidade”.
Cristiano Silva e Jorge Paixão Duarte
João Cristiano Silva - 8245
Jorge Paixão Duarte - 9310
Curso de Licenciatura em Publicidade e Relações Públicas
Escola Superior de Educação de Viseu – Instituto Politécnico de Viseu
Palacios, Annamaria & Serra, Joaquim Paulo (2011) Pragmática: Comunicação
Publicitária e Marketing. Covilhã: Livros LabCom.
Paulo Serra aborda no seu artigo a utilização da ironia no discurso publicitário e, ainda que de um modo sucinto, aborda a diferença entre ironia verbal e ironia visual.
Evidenciando o poder do riso na publicidade, como sendo um dos modos mais eficientes de cativar o consumidor, Paulo Serra infere que a melhor maneira de quebrar as barreiras comunicativas é o riso, neste caso, provocado pela ironia.
Após consulta de vários dicionários da língua portuguesa, chegamos à conclusão que, apesar de haver várias abordagens ao significado, há uma definição que se repete, sendo esta a de expressão ou gesto que dá a entender algo diferente do que significa (Priberam, 2015).
Posto isto, Paulo Serra cita Du Marsais definindo ironia como “uma figura pela qual se quer dar a entender o contrário do que se diz: assim, as palavras de que nos servimos na ironia não são tomadas no seu sentido próprio ou literal.” (Serra, 2011)
Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de estilo. A ironia de Sócrates era, acima de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eironeía) significa mesmo perguntar. Logo, o seu objetivo não era constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar o seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha
o intuito de ridicularizar, tinha, sim, a intenção de fazer com que, do desacordo surgisse entendimento. Um ponto importante que é pouco abordado no artigo de Paulo Serra é a necessidade da contextualização dos