Recens O Jenkins
Cadeira: Comunicação e Ciências Sociais
Docente: Ana Jorge
Discente: Beatriz Fonseca, nº 37911, Turma A
Recensão do capítulo:
“Get a Life”: Fans, Poachers, Nomads
Do livro de Henry Jenkins Textual Poachers: Television tansand participatory culture. London, Routledge, 1992
O capítulo tratado nesta recensão faz parte do livro Textual Poachers: Television tansand participatory culture do investigador de estudos dos media e professor de jornalismo Henry Jenkins. A sua pesquisa explora as fronteiras entre texto e leitor e o crescimento das culturas de fãs, vivamente presentes neste capítulo.
O capítulo estrutura-se em sete subtítulos: Fans and “Fanatics”, A Scandalous Category, Textual Poachers, Fans and Producers, Reading and Misreading, Nomadic Readers e What do Poachers Keep?, ao longo dos quais Jenkins vai desenvolvendo o seu argumento de que existe uma cultura fã que se está a crescer na sociedade atual, cultura essa que toma como matérias primas conteúdos mediáticos e os transforma e personaliza à sua medida. A obra, e mais especificamente o capítulo em questão,
Jenkins começa o primeiro capítulo do seu livro por apresentar alguns estereótipos daquilo que é um fã. Os fãs podem ser vistos de maneiras diferentes – o fanático religioso, o fã psicopata, com representação cómica ou como groupie –, sendo que essas representações são sempre negativas e ligadas a pessoas com interesses diferentes do “normal” e cuja mentalidade está perigosamente alienada da realidade – o fã mantém-se um ‘fanático’. Estas representações sugerem os fãs como uma “categoria escandalosa” – algo que é alvo de críticas e ridicularizações e simultaneamente de desejo e ansiedade.
O autor reconhece que para perceber as construções discursivas dos fãs é necessários reconsiderar o que se entende por “bom gosto”, contrapondo a teoria de Pierre Bordieu com a atual conceção de “gostos”. O gosto é construído socialmente e reflete os interesses das