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Em seu livro “A Cultura da Convergência”, o autor Henry Jenkins esclarece as transformações culturais representadas pela convergência de mídias, sem focar no aspecto tecnológico. A ideia central da obra é explicar como o pensamento convergente está influenciando a relação público-produtor-conteúdo midiático. Ele refuta a ideia de que as velhas mídias estão acabando e ressalta que, atualmente, as velhas e novas mídias se cruzam, numa situação em que o poder do produtor e o do consumidor interage de forma imprevisível. Jenkins estabelece a noção de ‘cultura participativa’ que está muito presente na sociedade atual. Tal conceito é contrário à ideia do espectador passivo, isolado, mero consumidor de mídia. Para o escritor americano, agora o consumidor é ativo, ocupa papéis de produtor de mídia, não é previsível como antigamente e está socialmente conectado. Tal mudança de paradigma reflete as grandes transformações pela qual a relação mídia-sociedade passou. Outra noção do livro é a ideia de ‘inteligência coletiva’ em que esses novos consumidores reúnem seus conhecimentos para produzir algo. Juntando as ideias de muitas pessoas, pode-se chegar. Um dos exemplos é o Wikipédia, uma enciclopédia livre e gratuita escrita cooperativamente por milhões de voluntários. Um claro exemplo de produção de conhecimento coletivo que não é realizado por experts. Essa ‘inteligência coletiva’ é vista pelo autor como uma fonte alternativa do poder midiático e é utilizada com fins recreativos, mas que, em breve, pode ser usada para assuntos mais ‘sérios’.
Quero descrever algumas das formas pelas quais o pensamento convergente está remodelando a cultura popular americana e, em particular, como está impactando a relação entre públicos, produtores e conteúdos midiáticos.
A velha ideia da convergência era a de que todos os aparelhos iriam convergir num único aparelho central que faria tudo pra você (controle remoto universal). O que estamos vendo hoje