Reais competências do tradutor intérprete
Agatha Almeida Lopes
Tradutor/Intérprete é uma profissão já constante e tem se tornado mais ainda na área de Libras. Sabe-se que tal profissão teve seu começo com ouvintes que sabiam Libras e eram chamados para acompanhar surdos e, portanto realizavam a interpretação. Com o passar dos anos foi-se criando formações para essa profissão. Então, o ouvinte que antes atuava como amigo ou mero acompanhante do surdo passa agora a ser reconhecido como um profissional que conhece uma língua e a interpreta. A profissão é então reconhecida.
Com o reconhecimento da profissão, questões surgem, como por exemplo, questões relacionadas à ética profissional. Antes, a pessoa que acompanhava o surdo não precisava de uma ética relacionada ao trabalho. Não era trabalho remunerado. Era mais uma atividade social do que qualquer outra. Então, quando isso muda, como deve o mesmo se portar? Ele deve estudar exatamente o quê? Ele ainda deve ser encarado como alguém que está ajudando? Com respeito à formação dele, qual e como deve ser essa formação? Basta apenas conhecer a Língua de Sinais? Visto que, se isso basta, filhos de surdos são automaticamente bons intérpretes. E agora no que trata a competência, quais devem ser as competências linguísticas do tradutor intérprete? Deve ele conhecer todas as áreas de conhecimento? Pode ele apenas demonstrar conhecimento linguístico? Conhecer palavras? Expressões? Há necessidade de formação específica na área de conhecimento em que ele interpreta? Por exemplo, o profissional interpreta consultas e palestra médicas. É necessário que ele seja formado em medicina para que a tradução e interpretação ocorram de forma eficiente?
Muitos autores escrevem a respeito desses assuntos. Em seu artigo com o tema: ATUAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS/ LÍNGUA PORTUGUESA NO IES, a autora FILIETAZ, Marta R. Proença, traz a seguinte descrição:
“O Intérprete de língua de sinais é a pessoa