razão e fé
Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam a convicção dos fatos que não se veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hb 11:1-3)
A definição acima consta no livro de Hebreus, parte do Novo Testamento, e foi escrito para os que seguiam a Cristo, aos que ainda eram incrédulos porém tinham algum conhecimento e aceitação da doutrina e ainda, ao grupo de incrédulos que tinham sido chamados a entregar suas vidas a Cristo mas optaram por rejeitá-lo.
Desde os primeiros tempos os cristãos sofriam muita perseguição e perigo de morte, e desse ponto de vista, podemos perceber que a definição acima tenta ilustrar aos leitores que aqueles que acreditavam no evangelho estavam pagando um preço, confiando em algo futuro, uma esperança que fugia ao entendimento comum, e estavam além de uma base puramente racional, que surgia em consequência de uma experiência com Deus, o Senhor, e que fazia valer a pena correr todo o risco, ou dar suas vidas à missão.
Embora seja um termo lembrado com frequência no contexto religioso, a Fé é uma capacidade inerente a espécie humana e que pode ser encontrada em outros contextos, onde a grande questão não é “ter fé” e sim, “ter fé em quê”.
O antagonismo existente entre a crença religiosa e a razão tornou-se evidente muito cedo na cultura ocidental.
As maledicências à religião perpetradas pelos filósofos Heráclito, Pitágoras e Xenofánes, marcaram o rompimento entre as duas.
Atenas obrigou o filósofo Anaxágoras a pôr-se em fuga para impedir que fosse condenado publicamente, suspeito de “conceber um novo deus”.
Giordano Bruno – teólogo e filósofo de origem italiana – assegurava que “O uno é forma e matéria, figura de natureza inteira, operando de seu interior”, e acabou morrendo na fogueira por esta afirmação
Para aquele que tem fé religiosa Deus existe, porém para a filosofia não