Inicialmente, Aron aborda o tema das relações internacionais enfatizando a necessidade perene de guerras e a conexão existente entre a diplomacia e as relações internacionais, baseando-se na estratégia, em uma forma diferente de liberalismo. É analisada também a unificação mundial gerada pelos Estados Unidos da América, unificação essa nunca antes percebida no cenário mundial. Ao expor como determinar até que ponto abrange o estudo das relações internacionais, o autor deixa claro o suporte buscado na sociologia, de modo que o teórico possa ter conhecimento tanto dos elementos racionais como de todos os outros. Criando, assim, um mapa do cenário mundial. Depois dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, podem-se eleger os Estados Unidos da América como pioneiros da diplomacia do mundo. A partir desse instante surgiu a necessidade do estudo das relações interestatais, que no primeiro momento, delegada aos historiadores, encontrou-se limitada pela descrição e narração dos fatos ocorridos. Aliando a crítica e a interpretação dos fatos deu-se início ao estudo das Relações Internacionais. Como observador participante, Aron expõe algumas das funções das relações internacionais, as quais não possuem fronteiras reais, por ser uma disciplina científica e não podem ser separadas dos fenômenos sociais. Enquanto a política externa, para o autor, é definida como detentora da pluralidade dos centros de poder armado, a política interna é explicada como o monopólio da violência aos detentores da autoridade legítima. Para Aron, uma das particularidades das Relações Internacionais é exatamente o fato de seus atores sempre terem que tomar decisões baseadas em probabilidades e suposições a partir do conhecimento parcial, transformando a incerteza em um dado prévio. Ao mesmo tempo, ao longo do texto o autor utiliza-se de temas do cotidiano para propor ideias, como quando usa um jogo de futebol como metáfora de suas teorias sobre as Relações