Raizes do Brasil
"O Semeador e o Ladrilhador" - Raizes do Brasil. Rio de Janeiro: Cias. das Letras, 1995 (1936), pp(93-138)
As Colônias mantêm a concepção da geometria da sua metrópole.
Colonização Portuguesa
- Menos planejamento
- Investimento na riqueza “mais fácil”, quase ao alcance das mãos (Pau-Brasil)
- Primazia da vida rural
- “Arranharam as costas como caranguejos” (Ou seja, não planejaram corretamente o modo de adentrar o continente.)
- Feitorias (Portos, ou seja, pouca preocupação em criar cidades)
- Ocupação do Litoral
Colonização Espanhola
- Investimento Militar, econômico e político
- Caráter “aventureiro” (Adentraram o continente)
- Esforço para vencer a paisagem (Não se acomodaram em ficar no litoral)
- Ocupação de terras no interior e planaltos
A colônia espanhola assim como a de Portugal, eram colônias de exploração. Porém, a Espanha investiu na construção de cidades.
Duas formas de ver o litoral de um país:
A Espanha por sua vez não povoava o litoral, pois achava perigoso devido a invasões. Enquanto Portugal fortificava o litoral, construindo fortes ao longo de toda a costa litorânea para prevenir invasões futuras.
“Semeador espalha suas cidades como sementes, sem pensar na permanência e sem investir na permanência” (Portugal)
“Ladrilhador apegado a ordem racional e planejada, submetendo a natura ao seu trabalho” (Espanha)
CAPÍTULO XIX
DECLÍNIO A LONGO PRAZO DO NÍVEL DE RENDA:
PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX
A condição básica para o desenvolvimento da economia brasileira, na primeira metade do século XK, teria sido a expansão de suas expor- tações. Fomentar a industrialização nessa época, sem o apoio de uma capacidade para importar em expansão, seria tentar o impossível num país totalmente carente de base técnica. As iniciativas de indústria side- rúrgica da época de Dom João vi fracassaram não exatamente por falta de proteção, mas simplesmente porque nenhuma indústria cria mercado para si mesma,