Raizes do brasil

RESUMO: RAIZES DO BRASIL – SERGIO BUARQUE DE HOLANDA 1. O HOMEM CORDIAL
Segundo o autor Sergio Buarque de Holanda, a constituição do Estado brasileiro é uma extensão dos direitos patriarcais, pois ele ocasiona contradições não resolvidas que nascem da estrutura social e se manifesta nas instituições e ideias políticas.
O contexto em que o autor escreve é de transição entre a segunda republica e a ditadura, é o período de 1936, onde havia duas concepções de Estado, uma a de Antígona que defendia o direito familiar, a tradição e a de Creonte que defendia as leis do Estado, leis criadas por ele mesmo.
O principio do Estado era de criar um consenso entre homens, onde definia o que é comum a todos, esse principio garante padrão de civilidade entre os homens e unifica. No caso do Estado brasileiro as relações são familiares, pois o brasileiro não é civilizado, mas sim cordial, as relações políticas são construídas a partir de relações informais, familiares e afetivos. A mentalidade cordial estava ligada a sociabilidade aparente, a satisfação própria, a individualidade.
O Estado não pode ser uma extensão familiar, quando ele é construído a partir de formas patriarcais o relacionamento é afetivo e isso na concepção de Estado, de civilidade, o circulo familiar e o Estado são oposições.
Segundo o autor o individuo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável as leis da cidade quando há uma transgressão da ordem familiar.
As mudanças ocorridas na estrutura da sociedade faz compreendermos as duas concepções de Estado. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formam uma só família, cujo os membros se submetiam a uma hierarquia natural mas que partilhavam das mesmas privações e confortos. O sistema industrial separou o empregador dos empregados, diferenciou cada vez mais suas funções, diminuiu cada vez mais a intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou o antagonismo, pois isso facilitava o sistema capitalista explorar a