Raiva humana e Peste Bubonica
A peste, doença transmitida por roedores silvestres, atualmente está restrita a algumas áreas serranas ou de planalto, principalmente na região Nordeste, sendo geralmente associada com o cultivo e a armazenagem de grãos. Nessa região, os últimos casos foram registrados no ano 2000, restritos ao Estado da Bahia. As atividades permanentes de vigilância sobre os roedores, com captura e exames de laboratório para detectar a infecção, têm possibilitado a manutenção e o aprofundamento da situação de controle, sendo sua ocorrência restrita à forma bubônica. A mortalidade por essa doença praticamente inexiste atualmente no país, com apenas um óbito registrado em toda a década de 1990.
Peste É uma doença pulmonar ou septicêmica, infectocontagiosa, provocada pela bactéria yersínia pestis, que é transmitida ao homem pela pulga através do rato-preto. A pandemia mais conhecida da doença ocorreu no fim da idade média, ficando conhecida como Peste Negra, quando dizimou 1/3 da população Europeia na época.
O primeiro investigador a considerar a Peste Negra uma doença infecciosa foi Rhases, um médico árabe no século X. A peste bubônica é uma doença primariamente de roedores: (ratos, ratazanas, coelhos, marmotas, esquilos). Espalha-se entre eles por contato direto ou pelas pulgas, e frequentemente e fatal.
Aspectos clínicos e epidemiológicos
Descrição
A Peste se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. A bubônica ou ganglionar varia desde formas ambulatoriais, que apresentam adenopatia com ou sem supuração, até formas graves e letais. As formas graves têm início abrupto, com febre alta, calafrios, cefaleia intensa, dores generalizadas, anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, congestão das conjuntivas, pulso rápido e irregular, taquicardia, hipotensão arterial, prostração e mal-estar geral. Após 2 ou 3 dias, aparecem as manifestações de inflamação aguda e dolorosa dos gânglios linfáticos da região