Doenças Transmitidas por Vetores Animais
A ocorrência dessas doenças é bastante elevada em nosso país, algumas delas endêmicas em determinadas regiões. Seu controle ainda é um desafio para os responsáveis pela vigilância epidemiológica e equipes de saúde das unidades assistenciais, pois são muitos os determinantes envolvidos na sua incidência, ganhando importância especial os associados ao desequilíbrio ambiental – quase sempre decorrente das intervenções do homem nas condições naturais.
A ocupação desordenada das cidades, com desmatamento de grandes áreas verdes, poluição das águas e acúmulo de lixo em locais sem saneamento, cria condições favoráveis à multiplicação de insetos e ratos, animais nocivos ao homem. A contaminação das águas com determinadas substâncias provoca a extinção de predadores naturais de caramujos e larvas, facilitando sua reprodução e aumentando, para o homem, o risco de exposição.
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.
Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.
Observação importante: Depois de muitos anos sem registro de nenhum caso de contaminação, o sorotipo 4 voltou a circular em alguns estados do Brasil.
Especialmente as crianças e os jovens não desenvolveram imunidade contra ele.
Por isso e para evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da Saúde determinou que todos os casos suspeitos de dengue 4 sejam considerados de comunicação compulsória às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.
Sintomas
A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque