No século XIX, a escravidão dos negros foi abolida no país. No entanto, após sua libertação, aos escravos negros e aos seus filhos foram negados quaisquer direitos, terra, escola, moradia, água e eletricidade.[30] Após a escravidão negra, o governo apoiou uma política de "branqueamento" da população, e muitos imigrantes europeus e árabes estabeleceram-se em terras brasileiras. O resultado desta política é que hoje o Brasil tem a terceira maior população branca do mundo, depois apenas dos Estados Unidos e da Rússia. O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata imposta pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011, indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Isto indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade racial, mas o preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da escravidão.De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do Ministério da Justiça para assuntos raciais), "há uma hierarquia de cor da pele onde os negros parecem saber seu lugar." Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico." O racismo está muito além da cor da pele. O indivíduo sente a necessidade de colocar suas frustrações nas costas de alguém, a culpa sempre é do outro, do “diferente” de nós. O racismo é sinônimo do incompreensível. Deixo uma reflexão de Martin Luther King: “Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu