Racismo
Houve, no Brasil, um processo histórico, articulado no projeto da modernidade, apoiado cientificamente, que, em busca da ordem e do progresso, criou mecanismos de deslegitimação do africano escravizado. Tal terreno criou condições favoráveis ao preconceito racial contra os afro descendentes.
Simultaneamente, a crença na ‘democracia racial’ aponta um discurso que nega esse fato. Porém, nos gestos, ele é veiculado de uma maneira sutil.(RICARDO, 2002, p. 80)
Ricardo (2002) aponta três condições favoráveis ao desenvolvimento do preconceito e sua forma de expressão no Brasil sendo a primeira, na modernidade, em busca da ordem e progresso, houve a exclusão do diferente, os quais fugiam dos padrões considerados bons e verdadeiros, onde tais práticas levavam a subjetividades prontas e deslegitimação do outro, acreditando que assim houvesse o controle e o desenvolvimento que levariam á ordem e progresso. A segunda, com a escravidão , onde os africanos foram reduzidos a simples objetos de uso,e terceiro, logo após a abolição, cientistas ‘previam’ a extinção de negros na sociedade brasileira.
Para Ricardo (2002) o preconceito racial no Brasil é acobertado por um tratamento cordial e sutil que o torna aparentemente inexistente, sendo assim, mais difícil de ser descoberto e combatido, porém a população tem a consciência de que tal preconceito exista, mas atribui como advindo do outro, não admitindo como seu. “Assim, ‘não temos de compreender o que não existe’. Sabe-se da discriminação, mas não se quer falar a respeito.” (RICARDO, 2002, P.70)
Há um racismo silenciado através de eufemismos que negam as características fenotípicas. (André,2002)
“É um exemplo de uma situação que revela uma estratégia simbólica de fuga de uma realidade em que a discriminação impera. Dessa forma, as pessoas procuram elementos