É sabido que na época imperial do Brasil a mão de obra mais utilizada era a do negro africano. Os latifundiários compravam escravos tirados de suas terras na África, que eram trazidos em navios negreiros sob condições precárias de higiene (nos quais muitos deles faleciam devido a contaminação da água e alimentos, fome e doenças) a fim de que estes trabalhassem em suas fazendas nas plantações, no cuidado com o gado e trabalhos domésticos. Os negros sobreviventes da longa viagem, após serem vendidos aos senhores de engenho, trabalhavam desde o raiar do dia até o escurecer, eram assalariados e cruelmente punidos caso não cumprissem suas tarefas, fugissem ou se rebelassem contra a situação que eram submetidos, bem como ficarem presos no tronco, receber chicotadas, ter seus pés e mãos presos por correntes de ferro, dentre outros castigos. Foram estes escravos negros os responsáveis pela produção de boa parte da riqueza do Brasil por pouco mais de trezentos anos (1559-1888). Em meio a esse contexto de sofrimento e crueldade no qual os escravos estavam inseridos, vários cidadãos tornaram-se contra essa exploração e os negros ganharam aliados em favor da ocorrência da abolição da escravidão. Com o passar dos anos, leis a favor do escravo foram assinadas porém só em 1888 a Lei Áurea foi assinada, cuja lei determinava a extinção da escravidão no Brasil. Entretanto, após essa abolição, não ocorreu a implementação de políticas de integração para estes negros na sociedade tendo em vista que esta, branca, por sua vez, era totalmente racista e discriminatória em relação ao escravo pois considerava-se superior à "raça negra". Muitos desses preconceituosos eram os simpatizantes à abolição. Sendo assim, os negros exerciam as profissões que em sua grande maioria eram ligadas aos setores de baixa qualificação e remuneração tais como trabalhadores domésticos, operários e criados. Poucos eram os que tornavam-se professores, jornalistas e intelectuais deixando claro assim, que era