racismo
Foi a partir desse momento que a procura e identificação das diferenças entre os homens deixou de ser um simples exercício de classificação e identificação. A partir de então, a distinção racial serviu para que certos cientistas defendessem a idéia de que existiam raças “melhores” e “piores”. No século XVIII, as distinções raciais se limitavam à cor da pele, dividindo os grupos humanos entre as raças negra, branca e amarela.
No século seguinte, esses três critérios de distinção racial ganharam novas características morfológicas que definiram as raças com maior precisão. Nessa mesma época, as reinterpretações da teoria darwinista acabaram legitimando uma hierarquia onde a raça branca seria vista como o grau máximo do desenvolvimento físico e mental dos seres humanos. Com isso, asiáticos, mestiços e negros seriam colocados em patamares de menor grau de desenvolvimento.
Além disso, o racismo deixou de incorporar conceitos de natureza estritamente biológica para também defender a associação entre certos valores morais e estados psicológicos e uma raça. Tais conceitos ganharam enorme força na Europa do século XIX, principalmente a partir do processo de colonização dos continentes africano e asiático. O predomínio do “homem europeu branco” seria justificado por meio de uma pseudo-ciência defensora da necessidade de se civilizar as chamadas “raças indolentes”.
No século XX, o racismo ganhou novos desdobramentos e teorias cada vez mais incoerentes. O cientista italiano Cesare Lombroso, por exemplo, fundou a fisiognomonia, teoria em que julgava ser possível deduzir o comportamento do indivíduo por meio