Racismo a brasileira
DIEMIS
Resumo: O presente trabalho tem por propósito fornecer informações a respeito do tema Racismo à Brasileira, distinguindo-os dos racismos europeus e norte-americanos, colocando em evidência a miscigenação das raças.
O Brasil é um país de grandes contrastes sociais e desigualdades resultantes de um longo período de colonização e exploração das populações indígenas e negras. Ainda hoje as conseqüências do regime escravocrata persistem mostrando estatísticas nas quais essas populações aparecem em grandes desvantagens em relação aos brancos. Essas constatações hoje já começam a ser aceitas pelos governos, e medidas de equalização dos quadros de desigualdades começam a serem tomadas.
Antes da criação do mito da democracia racial no Brasil, que considerou a convivência entre as três raças formadoras do povo brasileiro como algo positivo, existia no Brasil um outro ideário amplamente divulgado pelas ciências médicas, jurídicas, filosóficas, e outras, com fortes influências das idéias de eugenia divulgadas na Europa. Esse ideário configurado nas teorias racistas do século XIX consistia na crença de que, a miscigenação era uma aberração, uma verdadeira degenerescência da espécie humana. O ideal seria que as raças fossem puras. As raças inferiores, as negras principalmente, não poderiam se misturar às superiores, e os brancos que cometessem essa imprudência eram castigados. A mistura de raças originaria um ser humano inferior.
O Brasil foi desde o início da colonização um território onde as ideologias vigentes em Portugal vigoravam. Apesar da distância geográfica, o modelo de sociedade era português, e esse modelo, ao contrário do que é propagado, estava baseado em rígida hierarquias. Portanto, fica claro que a lei não igualava os cidadãos e, ao contrário, cada um tinha o seu lugar definido. O mulato seria a descendência de um negro com um branco. Inicialmente fazia menção ao filho ou filha de um africano com um europeu.
Na busca