O Racismo a brasileira
Os brasileiros não se compreendem como preconceituosos, é comum encontrar a justificativa de que o preconceito é algo inexistente ou praticado por indivíduos menos instruídos. Contudo, o preconceito racial, de gênero ou de identidade sexual está presente sim nesta sociedade e pode ser observado em todos os níveis sociais, mas as pessoas que mais sofrem são os/as negros/as de baixa renda ou que possuam uma orientação sexual que foge do padrão aceito como normal.
A educação está no centro do combate ao preconceito, mas tem sido utilizada como construtora das relações de preconceito. A educação de um nível aceitável de qualidade não é acessível para todos, ficando reservado para a elite. Poucos são os/as negros/as que podem receber esta educação, pois historicamente foram excluídos, ou não possuíram as condições que permitiriam ter um aproveitamento escolar melhor. O papel dos educadores no combate ou na preservação do preconceito é fundamental, pois esta em suas mãos impedir que os alunos que pertençam a qualquer grupo social sejam excluídos da educação, ou então permitir que sejam feitos comentários, piadas, favorecimentos para alguns em função de sua cor ou gênero.
Como resultado de uma exclusão na educação de qualidade, ocorre a exclusão no mercado de trabalho. Desta maneira os negros ocupam cargos com menor remuneração e maior jornada, mesmo se comparado com outros homens brancos com a mesma ocupação ainda existe essa diferença. Quando de trata das mulheres negras as condições são ainda piores, ficando reservadas para elas as piores ocupações com os piores salários. Esta lógica excludente se mantem quando falamos de pessoas com orientações sexuais diferentes da heteronormatividade.
Em todos os