Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismo
A questão da origem do conhecimento pode ter tanto uma origem lógica ou psicológica: quem acredita que a razão é a única base do conhecimento está convencido da autonomia psicológica do processo do pensamento; aquele que fundamenta todo o conhecimento na experiência admite o sentido lógico.
1. Racionalismo
Razão. O racionalismo é a posição epistemológica que vê no pensamento racional a fonte principal do conhecimento humano. Segundo ele, o conhecimento só acontece de fato quando ele possui uma necessidade lógica e uma validade universal, não havendo espaço para dúvidas, ou questionamentos que viessem a sustentar ideias contrárias. Um grande exemplo de conhecimento puramente racional seria o conhecimento matemático, predominantemente conceitual e dedutivo, onde o pensamento impera de forma independente de toda experiência, sendo regido por suas próprias leis e conceitos.
A forma mais antiga de racionalismo encontra-se em Platão, o chamado racionalismo transcendente. Uma vez que o mundo da experiência está em constante mutação, nele não se pode buscar um verdadeiro saber; os sentidos não podem nos conduzir ao pleno saber. Assim sendo, existiria um mundo supra-sensível, o mundo das ideias, de ordem lógica e metafísica. Este reino encontra-se em primeiro lugar em relação à realidade empírica, pois as ideias são os modelos das coisas empíricas e devem a ele a sua essência, e encontra-se em segundo lugar em relação à consciência cognoscente, em que os conceitos que nos permitem conhecer as coisas são cópias das ideias. Platão explica a possibilidade desse fato através da teoria da anamnésis, em que defende que o conhecimento é uma reminiscência contemplada pela alma em uma existência pré-terrena e que vem à tona quando da percepção sensível. Baseado na teoria da contemplação das ideias, assim se formula o racionalismo transcendente.
O racionalismo teológico surge com Plotino. O mundo das ideias