Empirismo e racionalismo
“As transformações ocorridas a partir do Renascimento e o início da ciência moderna levaram a um grande questionamento sobre os critérios e métodos para aquisição ;conhecimento verdadeiro. Uma das funções da filosofia moderna passa a ser a de investigar em que medida o saber científico atinge o seu objetivo de gerar esse conhecimento. Há, inicialmente na filosofia, duas vertentes sobre a questão do conhecimento: o racionalismo e o empirismo.
O Racionalismo, é habitualmente vinculada ao pensamento francês, e o Empirismo, à cultura anglo-saxônica. O Racionalismo e o Empirismo expressam em comum a preocupação fundamental face aos problemas do conhecimento, ponto de referência básico da filosofia moderna.
RACIONALISMO
O Racionalismo dos séculos XVII e XVIII é a doutrina que afirma ser a razão o único órgão adequado e completo do saber, de modo que todo conhecimento verdadeiro tem origem racional (a priori). Por tal motivo, essa corrente filosófica é chamada de Racionalismo “gnosiológico” ou “epistemológico”. A importância conferida à razão por Descartes e pelos cartesianos seus seguidores é um modo de racionalizar a Realidade, um lastro “metafísico” de cunho racional, levando-os a afirma que a razão é a única faculdade de propiciar um conhecimento adequado da realidade. A razão, por iluminar o real e perceber as conexões e relações que o constituem, é a capacidade de apreender os fenômenos nas suas articulações ou interdependência em que se encontram uns com os outros . As bases do Racionalismo epistemológico foram lançadas por René Descartes e desenvolvidas pelos grandes cartesianos, Baruch Spinoza, Nicolas Malembrache, Wilhelm Gottfried Leibniz, estendendo-se, através deste, ao Iluminismo alemão, com Christian Wolf e outros mais. A desagregação da síntese aristotélico-escolástica de alma e corpo, iniciada no Nominalismo do século XIV (Guilherme Ockam), e a paralela separação entre conhecimento sensível e