Racionalismo e Empirismo
A questão da origem do conhecimento humano pode ter tanto um sentido psicológico como um sentido lógico que, na história da filosofia, na maior parte das vezes caminham juntas. A solução para a questão de validade supõe uma concepção psicológica determinada.
O racionalismo é uma posição epistemológica que vê no pensamento, na razão, a fonte principal do conhecimento, e afirma que um conhecimento só possui realmente sua função quando é logicamente necessário e universalmente válido. Todo o verdadeiro conhecimento se funda no pensamento, a verdadeira fonte e base do conhecimento.
O conhecimento matemático serviu de modelo à interpretação racionalista do conhecimento.
Em Platão encontramos a forma mais antiga de racionalismo, e diz que o mundo da experiência encontra-se em contínua alteração e mudança. Os sentidos não podem nunca conduzir-n os a um verdadeiro saber. Além do mundo sensível, deve existir um supra-sensível (mundo das Idéias, que são os modelos das coisas empíricas), de onde retiramos conteúdos de nossa consciência cognoscente.
A teoria da anamnésis de Platão diz que o conhecimento é um a reminiscência, pela contemplação das Idéias, temos este racionalismo transcendente.
Plotino, por sua vez, coloca o mundo das idéias no Nus cósmico, o Espírito do universo. O conhecimento tem lugar simplesmente recebendo o espírito humano e as Idéias do Nus, a origem metafísica, e isto é caracterizado como uma iluminação. As verdades e os conceitos supremos são irradiados por Deus para o nosso espírito, a iluminação divina.
Santo Agostinho reconhece, junto a este saber fundado na iluminação divina, outro campo do saber, cuja fonte é a experiência. Todo saber procede da razão humana ou da iluminação divina. Esta forma plotino-agostiniana do racionalismo é caracterizada como racionalismo teológico, que intensifica-se na Idade Moderna, verificando-se no filósofo francês Malebranche, renovado no século XIX pelo filósofo italiano