Teatro expressionista
O teatro expressionista vem opondo-se à reprodução autêntica da realidade, característica esta própria do naturalismo, de forma a renunciar a imitação do mundo exterior e concentrando-se em refletir a essência das coisas através de uma visão subjetiva e idealizada do ser humano. A expressividade é apresentada da forma mais forte possível, de modo a atingir diretamente o público, fazendo de cada elemento presente na cena, tal como o ator, luz, cenário e música, elementos que causam impacto, agindo como portador do rugido da alma, sendo esta a cerne do expressionismo que também se concretizou em todas as artes tais como no cinema, literatura, artes plásticas, dança, fotografia e arquitetura. O expressionismo em si surgiu no início do século XX na Alemanha, mostrando assim uma explosão descontrolada da subjetividade especialmente em um momento em que a política pouco se importava com os valores humanos. Por isso este movimento de vanguarda teve grande importância na realização de denúncias sociais.
O atraente do teatro expressionista é que os personagens mudam de identidade, também podendo assumir o papel de coisas e "vice-e-versa", além do fato de dramatizar o que não é real de modo a distorcer a realidade objetiva. É comum em algumas peças a realização de sobreposições de gravações na narrativa, em um processo quase cinematográfico, para poder expor o que está pensando o personagem. O expressionismo possui uma forte filiação ao Romantismo, ocorrendo no teatro fortes tendências de extremo exagero, a deformação de figuras e a busca pela expressão dos sentimentos e emoções do autor de forma que é exprimida a essência do drama através da ação antinaturalista. Surge como uma reação forte contra o realismo e o naturalismo versus as aparências da realidade material, onde todo o conteúdo se mostra de forma desembaraçada para que possa ser colocada para o público a verdadeira essência do drama. Utiliza-se de muitos símbolos de forma a ser