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A linha de trabalho do comitê é baseada nos direitos de que o usuário de droga, mais do que um dependente químico, é um cidadão que merece ser tratado com dignidade. O comitê quer trabalhar com "a realidade" e não com "o ideal", conforme explicações da coordenadora do comitê, a psicóloga Luciana Damasceno Costa. A pesquisa foi realizada há dois anos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) entre 499 consumidores de drogas de Manaus e apontou que 23% dos entrevistados eram usuários de drogas injetáveis (UDI). O levantamento apontou um dado considerado "não-esperado": o registro de heroína injetável entre os UDI residentes em Manaus. O uso de cocaína injetável é mais comum entre os homens (68%) do que entre as mulheres. A heroína é mais usada pelas mulheres.
Especificamente entre usuários de drogas lícitas e ilícitas, a idéia é trabalhar com aqueles que "não conseguem, não podem ou não querem parar de ser um consumidor", segundo Luciana. A política de redução de danos, contudo, não se limita aos UDI. Também vai trabalhar com usuários que abandonam o uso de preservativos durante as relações sexuais e com a educação sexual nas escolas por meio do programa Juventude Consciente.
Autor: Elaíze Farias
OBID Fonte: A Crítica-AM